O fumo do tabaco é a principal causa de poluição do ar na Europa. Esta foi a conclusão de um estudo europeu que mediu níveis de monóxido de carbono (CO) em fumadores e não fumadores e que defende políticas antitabágicas mais restritivas.
O estudo mediu os níveis de exposição ao dióxido de carbono de 111.835 fumadores e não fumadores dos 27 estados-membros da União Europeia durante eventos da campanha antitabágica “Help: por uma vida sem tabaco”.
Entre os que participaram, 44 por cento são fumadores e 56 por cento não fumadores. Cinco por cento do total revelou uma exposição continuada ao tabaco nas 24 horas anteriores ao teste.
Das medições, concluiu-se que a poluição provocada pelo dióxido de carbono proveniente do fumo do tabaco atinge sobretudo os fumadores, mas também sujeita os não fumadores a elevados níveis de monóxido de carbono.
As medições aos 49.392 fumadores testados durante a iniciativa permitiram ainda verificar que quem fuma apresentou um nível médio de monóxido de carbono avaliado em 17,5 partes por milhão (ppm), o que representa cerca do dobro do nível máximo tolerado para a qualidade do ar nas cidades europeias.
Refere ainda que a taxa de monóxido de carbono observada nos fumadores que fumam poucos cigarros por dia (entre um e cinco) é mais elevada do que o nível máximo aceite para a qualidade do ar (8,5 ppm).
Os não fumadores também são afetados pela poluição causada pelos fumadores e encontram-se desprotegidos na maioria dos países.
O estudo realça ainda que o valor da poluição é menor nos países europeus com políticas antitabaco mais restritivas e considera as medidas de aumento do preço do tabaco eficazes na diminuição do tabagismo e na poluição causada pelo fumo do tabaco, com vista a proteger fumadores e não-fumadores.
Recordemos que o tabagismo é um vício que tem relação com aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de cancro (pulmão, laringe, faringe, esófago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo do útero, leucemia), doenças do aparelho respiratório (enfisema pulmonar, bronquite crónica, asma, infeções respiratórias) e doenças cardiovasculares (angina, enfarte agudo do miocárdio, hipertensão arterial, aneurismas, acidente vascular cerebral, tromboses).
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